Fiz o desfile cívico quando estava no prézinho, depois na escola, fiz no ginásio e mesmo no colégio, repeti a dose enquanto escoteiro, representei radioamadores, depois conduzi veteranos da Segunda Guerra e fizemos da festa, uma festa de verdade, na garagem de casa.
Foi a construção natural, tranquila e pacífica de uma convivência sadia com o conceito mais puro e filosófico de patriotismo, ora conspurcado pela administração mais canhestra que este país já teve.
De repente, por causa do Tosco, só se vê perdigotos da ira ultra-hiper-reaça-conservadora e antidemocrática, causando espécie que as pessoas minimamente instruídas ainda aceitem o discurso pertinente.
Maculou-se o desfile com obliteração definitiva do sentimento patriótico pela mera patriotada amparada em atos, gestos e palavras impróprias.
É de doer o coração ver tanta gente bacana se dobrando a bordões do tipo "minha bandeira nunca será vermelha", como se isso fosse sequer, minimamente possível.
Cansei dos palavrões, da tensão permanente, da força sobre a inteligência, da arma sobre a vacina, do general decente sob o capitão praticamente expulso, dos absurdos ditos de manhã e repetidos a tarde e a noite...
Vou escondidinho até a Árvore do Expedicionário, bem cedo. Deixarei ali um vaso bonito com flores e a minha homenagem singela pela Independência, e os 'pracinhas' de lá e de cá certamente entenderão.
A ciência vencerá, sempre. Espero que a Filosofia ganhe também, algum dia. E que a democracia sobreviva.
Amém
Texto de sopetão, saiu, fluiu, vapt-vupt.
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