A oportunidade de reunir pessoas ao redor da mesa deve ser sempre aproveitada. Nessas ocasiões, revelamos nossas virtudes e vícios.
Melhor que isto, podemos nos exercitar na arte da cozinha. Quando recebemos os amigos, procuramos sempre nos esmerar na “produção” dos pratos e na combinação dos vinhos. É e deve ser um prazer receber e ser recebido.
Nestes últimos anos, desde que começamos a nos interessar mais por vinhos e gastronomia, reunimos pessoas com os mesmos gostos e em grupos diferentes. Havia a turma da WorldWine, que reunia vizinhos e outros interessados aqui da cidade de Jaboticabal. Regularmente, fazíamo-nos presentes às degustações promovidas por essa loja especializada em Ribeirão Preto e conseguimos, até mesmo, promover jantares nas casas dos diversos integrantes da turma... O tempo passou, roubou o tempo dos convivas, os interesses mudaram e, logo, as desculpas habituais surgiram para justificar o distanciamento. É claro que o vinho continua presente na vida dessas pessoas...
Depois, surgiu a possibilidade de outro grupo se reunir, talvez um pouco mais diverso (e penso no sentido exato da palavra diversidade), e lá estávamos nós, entre fisioterapeutas, professores e empresários. Novamente, a incompatibilidade de horários e os compromissos de quase sempre, puseram-nos ao largo. Mas continuamos com os vinhos.
Há ainda, um terceiro grupo, menor, com apenas outros dois casais além de Ana e eu. Este, por motivos que a própria razão desconhece, carece de maiores comentários, que não são feitos para evitar comprometimento da privacidade alheia. Já foram três boas reuniões, sendo a última realizada no dia 18 de agosto de 2007 e a primeira em fevereiro de 2006. A reunião de fevereiro de 2006 foi relatada, ao menos quanto aos vinhos, em outro ponto deste blog.
Nesta postagem, há intenção de dissertar mais extensivamente sobre o último encontro, iniciado por volta de 20h00min do dia 18 de agosto de 2007.
Alguns dias antes, como fiz com a reunião anterior, recebi a relação dos pratos que seriam degustados, com exceção da sobremesa... Logo, preparei as sugestões de vinhos, para harmonização com os pratos. O resultado de meu trabalho está logo abaixo:
Introdução.
Três casais, sem consumo exagerado, de modo que seja possível, ao chegarmos na última garrafa, encontrarmo-nos todos no domínio de nossas sensações, apreciando cada um dos vinhos da noite especial. Para os queijos, endívias e cogumelos, 2 ou 3 garrafas de brancos ou roses, com um tinto médio se for o caso. Para os pratos principais, os tintos de seu agrado, com uma única exceção – o encaixe de um Chablis de classe para a degustação com o pernil. A sobremesa, qualquer que seja ela, pede vinho específico. Minha sugestão, para diferenciar de todo o mais, é o Marsala doce italiano... Difícil de encontrar, talvez ache com o Junior, Maitre de Tullio Santini, que agora vende vinhos lá no restaurante. Ligue para ele e pergunte do Marsala... Qualquer coisa me chame... Seis garrafas do começo ao fim, é o que acho ideal, tirando o Marsala no final, cujo consumo se resume a um cálice... Como sempre, desculpem... Até sexta..
Queijos: Swiss, Gouda e outros queijos firmes
Tintos
Chianti (não Reserva) (-) Dolcetto (-) Pinot Noir (Oregon) (-) Rioja (-)
Brancos
Champagne ou espumante (-) Chardonnay (California or Australia) (-) Fino Sherry, Jerez (-) Gewurtztraminer (-) Sauvignon Blanc (California or New Zealand) (-)
Queijos: gorgonzola e outros queijos de veio azul
Vinhos de Sobremesa combinam com esses queijos Oloroso ou Amontillado Sherry (-) Banyuls (-) Colheita Tardia de Gewurztraminer ou Riesling (-) Madeira ou Porto (-) Moscatel (-)
Os queijos – a seleção de queijos obriga a escolha de dois ou três vinhos para a entrada. Um Sauvignon Blanc Dona Paula seria uma boa pedida e a ótimo custo (Mercovino). Outro interessante e branco, com uva peculiar viognier, é o Altas Cumbres, na casa de R$ 33,00 também na Mercovino. Para o gorgonzola, um Jerez (Sherry) ou um Porto, impossível de achar bons que custem menos de R$ 50,00. Dá para substituir com o colheita tardia Aurora, Brasil, que vocês devem ter uma garrafa guardada. Tinto na entrada pode ser o Chianti simples, da Cecchi, disponível na WorldWine com bom custo benefício.
Saladas: saladas com molhos médios e leves
Brancos
Muscadet (-) Orvieto (-) Pinot Blanc (Alsace or the United States) (-) Pinot Gris (Italy or Oregon) (-)
As endívias combinadas com os cogumelos numa confusão quente-frio, exigem a escolha de um vinho muito especial, que sirva de porta de entrada para os pratos principais que seguirão e que pedirão, talvez e por uma questão de gosto comum, bons tintos. Acho que um bom rosé pode ser a solução aqui!! Vamos de Rosato di Aglianico 2004 da Feudi di San Gregório, cuja garrafa já transmite uma imagem de alegria e encontro (WorldWine)... Lá na WorldWine também há um vinho que não experimentei e que parece ser interessante para a ocasião – e é o CARM Rosé Douro 2005.
Pasta: com molhos cremosos e levando tomate
Tintos
Beaujolais 2006 ou 2007 (-) Chianti (não o Riserva) (-) Dolcetto (-) Pinot Noir (Oregon) (-) Rioja (-)
Porco: filé ou pernil
Apenas tintos
Chianti (não Riserva) (-) === bons preços e qualidade na WorldWine Cotes du Rhone (-) === acho os Rhone imbatíveis com carne de porco Dolcetto (-) Merlot (Chile or Italy) (-) Pinot Noir (California) (-) === o Amayna chileno é ótimo Pinot Noir (Oregon) (-) red Burgundy (-) === Ah, os Borgonha... Na Mercovino Rioja (-)
Sobre arroz de forno encontrei trecho de blog que menciona os brancos portugueses para acompanhar... Pode ser, mas precisa encontrar safra que seja mais recente, nada anterior a 2004...
O enunciado, mais o magnífico pão de trigo escuro caseiro, podem constituir as entradas. Para as acompanhar, Mário sugeriu um branco de 2000 da Quinta de Lagoalva, elaborado por Rui Reguinga com uvas Arinto e Chardonnay, fresco, frutado, de acidez e presença da madeira nova equilibradas, elegante, muito bom.
Eis agora a grande escolha da noite. O que fazer? A princípio mencionei apenas os tintos, mas sou obrigado a abrir exceções... O pernil, da forma preparada, pode harmonizar quase que perfeitamente com um Chablis maravilhoso da Mercovino – Chablis 2005 William Févre R$ 85,00 – 89 pontos na Wine Spectator e potencial de guarda até 2012. Para os tintos, envolvendo todos os pratos, há possibilidade de um Borgonha, a quintessência do Pinot Noir. WorldWine tem um Olivier Guyot 2004 da Borgonha, mas nesse caso a massa se afasta um pouco do conjunto, pedindo algo ligeiramente mais encorpado e complexo como o Piemonte (uva Dolcetto) de Marchesi di Barolo Boschetti da WorldWine.
1) WorldWine – R. João Penteado 420, Boulevard. Falar com a Elisângela ou Lucas. Telefone 39316008 e www.worldwine.com.br
2) Mercovino – R. Marcondes Salgado, 1538. Falar com o Ricardo. Telefone 36355412. www.mercovino.com.br
3) Boutique do Vinho do Tullio - Av. Antonio Diederichsen, 485 - Jardim América (16) 3623-6361 e falar com o Júnior na hora do almoço...
Pois bem, eis o banquete. Enquanto estávamos todos ainda de pé, logo após chegar à casa de nossos amigos, entramos com um Prosecco de aperitivo para molhar a boca. O Prosecco é a nova onda na Europa, o consumo é elevadíssimo em todos os países, especialmente durante o verão no continente... Tomamos duas garrafas, como entrada. A primeira delas, como disse, ainda em pé. A outra, sentados, com frutas secas, queijo e pão. O Prosecco de garrafa escura é um Mionetto MO geralmente avaliado com 86/87 pontos pela Wine Spectator: seco e elegante, frutado e com notas minerais reiterados no refinado final, sendo considerado um ótimo Prosecco.
Depois passamos para dois Rosés, que serviram de meio caminho, com as saladas, continuação com os queijos, na espera dos pratos quentes. Cogumelos e berinjelas... CARM Douro Rosé, português, leve e macio. A seguir, o Feudi di San Gregório Rosato di Aglianico italiano, em uma garrafa de vidro jateado, mais agressivo ao paladar e mais ácido no nariz, quase refrescante. Grande noite, o tempo passava e a gente nem percebia... Wine Spectator cotou o CARM 2004 com 79 pontos, o que não é lá grande coisa, e eles mesmo reconhecem que é um vinho sem grande atrativo. Por isto, sentimos a diferença para o Feudi di San Gregorio, com mais personalidade: 85 pontos, balanceado e limpo, com limão e amoras secas, e uma base mineral; corpo médio, final refrescante.
Os tintos para o arroz de forno, pernil e tortelloni com tomate seco e mussarela: dois Cotes Du Rhone franceses e um Sangiovese italiano.
Vejamos o Cotes-du-Rhône Louis Bernard 2004, para a revista Wine Spectator (lembrem-se que somos assinantes...): 86 pontos, amoras e pimenta, com notas minerais e tostadas; encorpado, com final “defumado”. Não anotei o rótulo do outro Côtes-du-Rhône.
O tinto italiano e que agradou a todos era um Don Camillo Farnese 2003, com predominância da uva Sangiovese em corte com Cabernet Sauvignon: um tinto jovem e frutado, toques de pimenta negra, corpo médio com taninos finos e um final frutado e mineral, ótima relação custo benefício. Em nossa casa, Ana e eu ainda temos duas garrafas desse ótimo vinho, que não deve ser guardado.
Ao chegarmos às sobremesas, só restava aproveitar o maravilhoso vinho do Porto da Real Companhia Velha 10 anos, em garrafa de luxo. Engarrafado em 2001, foi aberto nessa noite, com as sobremesas maravilhosas. As fotos falam por si.
Foi realmente maravilhoso. Esperamos que momentos como esse se repitam em nossas vidas nos próximos anos.
Melhor que isto, podemos nos exercitar na arte da cozinha. Quando recebemos os amigos, procuramos sempre nos esmerar na “produção” dos pratos e na combinação dos vinhos. É e deve ser um prazer receber e ser recebido.
Nestes últimos anos, desde que começamos a nos interessar mais por vinhos e gastronomia, reunimos pessoas com os mesmos gostos e em grupos diferentes. Havia a turma da WorldWine, que reunia vizinhos e outros interessados aqui da cidade de Jaboticabal. Regularmente, fazíamo-nos presentes às degustações promovidas por essa loja especializada em Ribeirão Preto e conseguimos, até mesmo, promover jantares nas casas dos diversos integrantes da turma... O tempo passou, roubou o tempo dos convivas, os interesses mudaram e, logo, as desculpas habituais surgiram para justificar o distanciamento. É claro que o vinho continua presente na vida dessas pessoas...
Depois, surgiu a possibilidade de outro grupo se reunir, talvez um pouco mais diverso (e penso no sentido exato da palavra diversidade), e lá estávamos nós, entre fisioterapeutas, professores e empresários. Novamente, a incompatibilidade de horários e os compromissos de quase sempre, puseram-nos ao largo. Mas continuamos com os vinhos.
Há ainda, um terceiro grupo, menor, com apenas outros dois casais além de Ana e eu. Este, por motivos que a própria razão desconhece, carece de maiores comentários, que não são feitos para evitar comprometimento da privacidade alheia. Já foram três boas reuniões, sendo a última realizada no dia 18 de agosto de 2007 e a primeira em fevereiro de 2006. A reunião de fevereiro de 2006 foi relatada, ao menos quanto aos vinhos, em outro ponto deste blog.
Nesta postagem, há intenção de dissertar mais extensivamente sobre o último encontro, iniciado por volta de 20h00min do dia 18 de agosto de 2007.
Alguns dias antes, como fiz com a reunião anterior, recebi a relação dos pratos que seriam degustados, com exceção da sobremesa... Logo, preparei as sugestões de vinhos, para harmonização com os pratos. O resultado de meu trabalho está logo abaixo:
Introdução.
Três casais, sem consumo exagerado, de modo que seja possível, ao chegarmos na última garrafa, encontrarmo-nos todos no domínio de nossas sensações, apreciando cada um dos vinhos da noite especial. Para os queijos, endívias e cogumelos, 2 ou 3 garrafas de brancos ou roses, com um tinto médio se for o caso. Para os pratos principais, os tintos de seu agrado, com uma única exceção – o encaixe de um Chablis de classe para a degustação com o pernil. A sobremesa, qualquer que seja ela, pede vinho específico. Minha sugestão, para diferenciar de todo o mais, é o Marsala doce italiano... Difícil de encontrar, talvez ache com o Junior, Maitre de Tullio Santini, que agora vende vinhos lá no restaurante. Ligue para ele e pergunte do Marsala... Qualquer coisa me chame... Seis garrafas do começo ao fim, é o que acho ideal, tirando o Marsala no final, cujo consumo se resume a um cálice... Como sempre, desculpem... Até sexta..
Queijos: Swiss, Gouda e outros queijos firmes
Tintos
Chianti (não Reserva) (-) Dolcetto (-) Pinot Noir (Oregon) (-) Rioja (-)
Brancos
Champagne ou espumante (-) Chardonnay (California or Australia) (-) Fino Sherry, Jerez (-) Gewurtztraminer (-) Sauvignon Blanc (California or New Zealand) (-)
Queijos: gorgonzola e outros queijos de veio azul
Vinhos de Sobremesa combinam com esses queijos Oloroso ou Amontillado Sherry (-) Banyuls (-) Colheita Tardia de Gewurztraminer ou Riesling (-) Madeira ou Porto (-) Moscatel (-)
Os queijos – a seleção de queijos obriga a escolha de dois ou três vinhos para a entrada. Um Sauvignon Blanc Dona Paula seria uma boa pedida e a ótimo custo (Mercovino). Outro interessante e branco, com uva peculiar viognier, é o Altas Cumbres, na casa de R$ 33,00 também na Mercovino. Para o gorgonzola, um Jerez (Sherry) ou um Porto, impossível de achar bons que custem menos de R$ 50,00. Dá para substituir com o colheita tardia Aurora, Brasil, que vocês devem ter uma garrafa guardada. Tinto na entrada pode ser o Chianti simples, da Cecchi, disponível na WorldWine com bom custo benefício.
Saladas: saladas com molhos médios e leves
Brancos
Muscadet (-) Orvieto (-) Pinot Blanc (Alsace or the United States) (-) Pinot Gris (Italy or Oregon) (-)
As endívias combinadas com os cogumelos numa confusão quente-frio, exigem a escolha de um vinho muito especial, que sirva de porta de entrada para os pratos principais que seguirão e que pedirão, talvez e por uma questão de gosto comum, bons tintos. Acho que um bom rosé pode ser a solução aqui!! Vamos de Rosato di Aglianico 2004 da Feudi di San Gregório, cuja garrafa já transmite uma imagem de alegria e encontro (WorldWine)... Lá na WorldWine também há um vinho que não experimentei e que parece ser interessante para a ocasião – e é o CARM Rosé Douro 2005.
Pasta: com molhos cremosos e levando tomate
Tintos
Beaujolais 2006 ou 2007 (-) Chianti (não o Riserva) (-) Dolcetto (-) Pinot Noir (Oregon) (-) Rioja (-)
Porco: filé ou pernil
Apenas tintos
Chianti (não Riserva) (-) === bons preços e qualidade na WorldWine Cotes du Rhone (-) === acho os Rhone imbatíveis com carne de porco Dolcetto (-) Merlot (Chile or Italy) (-) Pinot Noir (California) (-) === o Amayna chileno é ótimo Pinot Noir (Oregon) (-) red Burgundy (-) === Ah, os Borgonha... Na Mercovino Rioja (-)
Sobre arroz de forno encontrei trecho de blog que menciona os brancos portugueses para acompanhar... Pode ser, mas precisa encontrar safra que seja mais recente, nada anterior a 2004...
O enunciado, mais o magnífico pão de trigo escuro caseiro, podem constituir as entradas. Para as acompanhar, Mário sugeriu um branco de 2000 da Quinta de Lagoalva, elaborado por Rui Reguinga com uvas Arinto e Chardonnay, fresco, frutado, de acidez e presença da madeira nova equilibradas, elegante, muito bom.
Eis agora a grande escolha da noite. O que fazer? A princípio mencionei apenas os tintos, mas sou obrigado a abrir exceções... O pernil, da forma preparada, pode harmonizar quase que perfeitamente com um Chablis maravilhoso da Mercovino – Chablis 2005 William Févre R$ 85,00 – 89 pontos na Wine Spectator e potencial de guarda até 2012. Para os tintos, envolvendo todos os pratos, há possibilidade de um Borgonha, a quintessência do Pinot Noir. WorldWine tem um Olivier Guyot 2004 da Borgonha, mas nesse caso a massa se afasta um pouco do conjunto, pedindo algo ligeiramente mais encorpado e complexo como o Piemonte (uva Dolcetto) de Marchesi di Barolo Boschetti da WorldWine.
1) WorldWine – R. João Penteado 420, Boulevard. Falar com a Elisângela ou Lucas. Telefone 39316008 e www.worldwine.com.br
2) Mercovino – R. Marcondes Salgado, 1538. Falar com o Ricardo. Telefone 36355412. www.mercovino.com.br
3) Boutique do Vinho do Tullio - Av. Antonio Diederichsen, 485 - Jardim América (16) 3623-6361 e falar com o Júnior na hora do almoço...
Pois bem, eis o banquete. Enquanto estávamos todos ainda de pé, logo após chegar à casa de nossos amigos, entramos com um Prosecco de aperitivo para molhar a boca. O Prosecco é a nova onda na Europa, o consumo é elevadíssimo em todos os países, especialmente durante o verão no continente... Tomamos duas garrafas, como entrada. A primeira delas, como disse, ainda em pé. A outra, sentados, com frutas secas, queijo e pão. O Prosecco de garrafa escura é um Mionetto MO geralmente avaliado com 86/87 pontos pela Wine Spectator: seco e elegante, frutado e com notas minerais reiterados no refinado final, sendo considerado um ótimo Prosecco.
Depois passamos para dois Rosés, que serviram de meio caminho, com as saladas, continuação com os queijos, na espera dos pratos quentes. Cogumelos e berinjelas... CARM Douro Rosé, português, leve e macio. A seguir, o Feudi di San Gregório Rosato di Aglianico italiano, em uma garrafa de vidro jateado, mais agressivo ao paladar e mais ácido no nariz, quase refrescante. Grande noite, o tempo passava e a gente nem percebia... Wine Spectator cotou o CARM 2004 com 79 pontos, o que não é lá grande coisa, e eles mesmo reconhecem que é um vinho sem grande atrativo. Por isto, sentimos a diferença para o Feudi di San Gregorio, com mais personalidade: 85 pontos, balanceado e limpo, com limão e amoras secas, e uma base mineral; corpo médio, final refrescante.
Os tintos para o arroz de forno, pernil e tortelloni com tomate seco e mussarela: dois Cotes Du Rhone franceses e um Sangiovese italiano.
Vejamos o Cotes-du-Rhône Louis Bernard 2004, para a revista Wine Spectator (lembrem-se que somos assinantes...): 86 pontos, amoras e pimenta, com notas minerais e tostadas; encorpado, com final “defumado”. Não anotei o rótulo do outro Côtes-du-Rhône.
O tinto italiano e que agradou a todos era um Don Camillo Farnese 2003, com predominância da uva Sangiovese em corte com Cabernet Sauvignon: um tinto jovem e frutado, toques de pimenta negra, corpo médio com taninos finos e um final frutado e mineral, ótima relação custo benefício. Em nossa casa, Ana e eu ainda temos duas garrafas desse ótimo vinho, que não deve ser guardado.
Ao chegarmos às sobremesas, só restava aproveitar o maravilhoso vinho do Porto da Real Companhia Velha 10 anos, em garrafa de luxo. Engarrafado em 2001, foi aberto nessa noite, com as sobremesas maravilhosas. As fotos falam por si.
Foi realmente maravilhoso. Esperamos que momentos como esse se repitam em nossas vidas nos próximos anos.