29 de abril de 2007

V Motorcycle de Barretos


Quem disse que a gente não enfrentava o Barretão? Mas não tem a nada a ver com Festa de Peão Boiadeiro, não, minha gente! Finalmente Ana e eu fomos um pouco mais longe com a moto. Como todos sabe, adquirimos uma VT-600 Shadow da Honda em 2005, e a pobrezinha só alcançou os dois mil quilômetros rodados neste final de semana...

Era o 5º Motorcycle de Barretos, encontro de motociclistas realizado anualmente nesta época. No sábado o tempo esteve melhor, mas estávamos preguiçosos para a estrada e mesmo no domingo, só arriscamos a cabeça por volta de 10h30min, pela manhã.

Com o tanque cheio, carregamos a mochila apenas com a máquina fotográfica e pegamos a Rodovia Faria Lima, sentido Jaboticabal-Barretos. Não demorou muito e logo acompanhávamos dezenas de motos nos dois sentidos, especialmente a partir de Bebedouro.

A programação do Motorcycle está num site da internet, mas acho que com um pouco mais de organização, seria mais interessante. Nós, velhinhos, ficamos um pouco deslocados e a administração do evento podia separar os “habitats” de forma mais clara, tornando mais fácil para as pessoas identificarem seus grupos de interesse. Desta forma, teríamos os velocistas num canto, os acrobatas em outros, etc...

Andamos aproximadamente 90 quilômetros antes de chegar ao Parque do Peão em Barretos e o tempo esteve nublado mas firme, com temperaturas na casa de 29 graus, pouco mais, pouco menos. Lá, por pessoa, pagamos dez reais, e o ingresso veio em forma de bracelete. Com isto, tínhamos ingresso livre ao pavilhão e a toda área do Parque.

Havia centenas de motos e de todos os tipos, incluindo aí os triciclos e o meu sonho de consumo: Honda GoldWing 1800, a máquina das máquinas. Lojas de acessórios, revendas de motocicletas, representantes da Pirelli, Sundown, Kawasaki, e outras. O parque em si é bonito, não exatamente a área de exposição, mas todo o entorno, com um sem número de chácaras e sítios muito bem construídos, e muito verde.

Chegamos ali por volta de 11h30min. Na estrada, usamos velocidades entre 110km/h e 120km/h e a VT-600 Shadow comportou-se muito bem, melhor que o esperado. Mas Ana e eu sentimos um pouco, pois havíamos perdido o hábito de pilotar e garupar!! Na Festa, havia local para deixar os pertences e assim fizemos, passeando um pouco por entre os motociclistas e batendo poucas fotos.

Foi montada uma arquibancada e uma pista com uns 500m aproximadamente, onde aconteceram as exibições, incluindo acrobacias. Não foi algo que nos atraiu muito e ademais, o grosso das apresentações ocorreu no sábado, ontem.

Ana adquiriu uma jaqueta de couro preta, com um corte mais feminino, no Box da Capacete & Cia, de Ribeirão Preto. Dali, seguimos para o restaurante, mas estava muito cheio, dando a impressão de que não esperavam tanta gente no domingo. Então, conversamos com um sujeito de Jaboticabal, cujo nome não me lembro, e que estava ali com um Honda GoldWing 1500. Depois, encontramos um boteco, compramos um hambúrguer, um misto quente, e duas cervejas.

Andamos um pouco pelo parque, encontramos um advogado militante no foro trabalhista de Jaboticabal, e depois de algum tempo, pegamos nossas coisas e voltamos para estrada. Logo após o Parque encontramos um posto de gasolina, onde abastecemos.

Nossa preocupação agora era com as chuvas. E o tempo estava fechado. Não havia muito movimento na estrada, talvez por conta do feriado prolongado. Viemos devagar, correndo na casa de 110km/h e apertando um pouco o passo próximo a Bebedouro, quando as nuvens ficaram mais densas e algumas gotas de chuva começaram a cair. Infelizmente, não temos capas de chuva ainda...

Após Taquaral, de fato, pegamos um quilômetro de chuvisco, que não chegou a molhar. Após mais algum tempo, estávamos próximos a Jaboticabal e embora não chovesse mais, o piso dava mostras de que um aguaceiro havia se abatido por ali.

Por volta de 15h00min, chegamos ao nosso lar, depois dessa pequena aventura que foi suficiente para deixar nossos músculos doloridos e enrijecidos. Talvez a substituição do banco padrão da Shadow 600 possa trazer mais conforto, além de pedaleiras inteiriças. O parabrisas ajudou a diminuir o impacto frontal do vento, e de vez em quando, sentimos falta de mais motor.

É isso aí. Esperamos ter coragem de repetir a dose, mas sinceramente precisamos melhorar nossas habilidades estradeiras.

9 de abril de 2007

Grupo Carmenere

Em 07 de março de 2007 estivemos reunidos na Cucina di Tulio Santini, em Ribeirão Preto. Pelas postagens distribuídas neste Blog é fácil perceber que somos freqüentadores assíduos da Casa. Pratos impecáveis e carta de vinhos maravilhosa tornam esse pequeno restaurante italiano o ponto ideal para os apreciadores da boa mesa. O mestre-cuca Guilherme e o maitre Júnior (papai da Evelyn) se dispuseram a criar grupos distintos de amantes do vinho para reuniões periódicas e encaixamo-nos, Ana e eu, com o pessoal que se reuniu na data acima mencionada. O mais complicado é lembrar dos nomes dos convivas, o que virá com a freqüência dos encontros, pois foi a primeira reunião do grupo que se convencionou chamar “Carmenere”.

Eis aqui algumas fotografias tiradas durante o evento. Foram servidos dois pratos e os vinhos degustados, todos italianos, encontram-se em cima da mesa. Percebe-se desde logo, a presença imponente de um bom Brunello de Montalcino de Corte Pavone 1998, cotado com 88 pontos na Wine Spectator. Vejam aqui a tradução livre da avaliação da renomada revista: “carne tostada, com frutas secas e couro que, com o tempo, passam para tons florais. Corpo médio, com bom frutado e taninos refinados. Bem balanceado. Melhor se consumido após 2003. 1.290 caixas produzidas.

O melhor de tudo, é claro, foi o contato com gente nova, fazer novos amigos e compartilhar os poucos conhecimentos na área com pessoas que se dedicam mais atentamente a esse prazer. E nada melhor do que reunir todo mundo nesse ótimo restaurante de Ribeirão Preto. O Júnior, além de preparar a mesa e nos brindar com um serviço digno de reis, foi o fotógrafo responsável, e após o evento, enviou as fotografias que ilustram esta postagem.

Se quiser conhecer um pouco mais sobre o restaurante e um de seus principais pratos, acesse na Internet o site: http://maisvoce.globo.com/variedades.jsp?id=10087 e divirta-se.

Esperamos que as fotografias inspirem os amigos da região a conhecer o local. Se for sua primeira vez, sugiro que escolha uma quinta-feira a noite, quando o restaurante não está muito cheio. Com esta postagem, estamos tentando nossos amigos integrantes da Confraria do Vinho de Jaboticabal a nos acompanhar no próximo final de semana... Tarefa árdua e difícil, posto que são todos profissionais muito ocupados e com pouco tempo disponível...

Vamos lá pessoal...

1 de abril de 2007

Novo Enófilo

Caros Leitores

Participamos da Degustação Temática na WorldWine em Ribeirão Preto, na noite de 22 de março de 2007, envolvendo vinhos da Toscana e do Piemonte. Fomos apresentados ao novo “instrutor”, Eduardo Lopes, um jovem com formação contemporânea em Hotelaria e conhecedor de vinhos. Infelizmente, não tivemos a companhia de nossos velhos colegas jaboticabalenses, talvez desencantados com o afastamento do Dr. Bailão, enófilo que nos acompanhou nos últimos dois anos e que agora, segundo consta, acompanhou André Maculan para a revendedora de vinhos MercoVino. De fato, a apresentação de Eduardo Lopes foi bastante diferente, com ênfase mais técnica, e logo após a atividade, ainda no calor das horas, me dispus a lançar algumas linhas que foram enviadas ao conhecimento dele. Estou pronto para a próxima, é claro. A fotografia lançada nesta postagem é de muito tempo atrás, talvez já tenha sido até mesmo publicada, e mostra o hall de entrada da WorldWine, na Rua João Penteado, 420, Ribeirão Preto, e alguns de nossos valorosos membros da Confraria dos Vinhos de Jaboticabal.

Eis abaixo o e-mail que elaborei e que foi enviado ao Eduardo:

Olá...

Quanto às degustações, das simples às mais complexas, ouso sugerir espaçamento entre elas. Que tal, a cada 45 dias? Gostamos de Edu Lopes, mas sem medo de ferir sentimentos e pregando sempre a sensibilidade dos negócios com a alma dos clientes, acho que ele deve sim espaçar as provas durante a degustação, ao invés de concentrá-las ao final. Isto fará, inclusive, que ele mesmo fique mais "alegre" (na visão etílica da palavra), e a platéia também, criando uma empatia maior entre ouvintes e orador.

Isso gera um "timing" perfeito e instiga os provadores para a próxima leva.

Prefiro degustações monotemáticas, bem exploradas e cuja duração não seja exagerada. Sou favorável a iniciar a palestra com no máximo trinta minutos de tolerância aos atrasos. As informações técnicas, especialmente de geografia e economia devem ser reduzidas mas não excluídas. Ênfase deve ser dada ao Turismo em cada região e ao turismo enogastronômico em particular.

Os convivas devem ser orientados a cada palestra (mesmo parecendo cansativo) a acompanhar o orador na prova, repetindo o ritual de olhar cheirar, provar... Planilhas de notas podem ser distribuídas e, a título de brincadeira instrutiva, verificar a reação de classificação de cada convidado.

Talvez eu me lembre de algo mais, mas acho que o melhor ficou para o final, quando todos já estavam ligeiramente menos tímidos com os vinhos provados e houve espaço para mais comentários etc. etc.

Posso estar equivocado, perdoem-me, minha intenção é apenas ajudar e ser honesto como espero que sejam honestos comigo.