2022 marcou nosso retorno para viagens internacionais e a primeira delas, em abril, prestigiou a região de Montese (entre Modena e Pistóia) nos Apeninos italianos, região onde brasileiros combateram o nazifascismo na Segunda Guerra Mundial e para onde já viajamos diversas vezes nos últimos doze anos.
Como de hábito, ao voltar para o Brasil, usamos os espaços vagos na bagagem para acondicionar garrafas de vinho, algumas compradas inclusive com Silvana Lucchi, do Hotel Belvedere, que nos acolhe em Montese há mais de uma década.
Nestes tempos estremecidos pelo que se sucedeu com os trabalhadores baianos em regime análogo ao da escravidão (elastecendo o conceito para a economia) para as vinícolas Aurora, Salton e Garibaldi, falar de vinhos pode ser incômodo.
Todavia, veio a mente algo que minha mãe me lembrou à época em que fui espezinhado por um Magistrado desprezível (depois aposentado compulsoriamente): com quantos Juízes eu havia trabalhado e quantos deles tinham deixado péssimas recordações? A primeira década do século XXI ia se fechando e pude pensar em uma centena deles, sofrendo verdadeiramente com apenas um ou dois.
Não dá para desprezar mais de 600 vinícolas gaúchas apenas pelo que se deu com três delas, de porte médio ou grande.
Também não dá para deixar de lado o consumo “geral” do vinho. Mas é possível ser mais vigilante ou esperar que as instituições e mecanismos estatais sejam mais presentes para punir o que aconteceu e coibir que se repita.
Agora, voltando ao ao “moto” principal desta publicação, vão aqui registrados os vinhos que vieram nas malas em maio de 2022. Grato, como sempre, a Silvana Lucchi, bem como aos amigos Pedro, Sonia, Isabela, Fernando e Márcia, que fizeram o percurso histórico conosco, incluindo Abetaia, Monte Castello, Pistoia, Iola, Porreta Terme e Montese.
Há alguns ‘presentes’ nessa lista, inclusive das Robertas de Pistoia. Outro de Bernardo, Castello della Pieve. Onde couber, vai alguma observação.
Sergio Zingarelli
Chianti Classico 2011 Gran Selezione
Speri Amarone Classico
Sant’ Urbano 2016
Buglioni Musa
Lugana 2020
- Tomamos Lugana pela primeira vez em 2016, quando dividimos a mesa com Giuseppe Busseni na Brescia. Giuseppe é o colecionador italiano que nos vendeu a Harley Davidson WLA 1944 em 2015. É produzido no entorno do Lago di Garda.
Contado
Riserva 2015
OXS Lagrein
Niklas 2018
Serravalle Fedrizzi
Barbera Riserva 2017
- Vinícola que visitamos com Pedro, Sonia, Fernando, Márcia e Isabela, distante cerca de 500m do Castello di Serravalle na região de Bologna. Nossa visita a esse produtor foi fantástica, dividimos uma mesa ao ar livre com o próprio produtor, experimentando todos os seus vinhos e contando algumas horas de boa conversa e divertimento.
Falanghina Beneventano
Templari lot 22.52
Aglianico Beneventano
Templari lot 21.160
- Os dois Beneventano foram presentes das “Robertas”. Outros dois vinhos que ganhamos dos casais amigos de Pistoia foram consumidos ainda durante a viagem.
Guerrieri
Guerriero Bianco 2020
Guerrieri
Guerriero della Terra 2019
- Uma vinícola surpreendente, uma visita inesperada, Via San Filippo, 24 Terre Roveresche – Piagge (PU). Recomendadíssimo. Passamos a manhã nesse produtor, fomos recebidos de maneira fantástica e para almoçar recebemos uma dica fantástica num pequeno vilarejo próximo: San Costanzo, Da Rolando Cucina Dialettale (imperdível).
Effigie Tenute Urani
Bianchino del Metauro 2018
- Presente de Bernardo, proprietário do hotel Castello della Pieve, próximo a Mercatello Sul Metauro, região rústica no Marche. Bernardo é um anfitrião excepcional e o Castello della Pieve é experiência inesquecível.
Manaresi
Merlot 2018
Gaggioli
Pignoletto Superiore 2020
- Este é o pignoletto branco que adoro desde os primeiros dias em Montese, a partir de 2010. Uva típica das planícies da Emília Romagna.
Ronc dal Diavl
Ribolla Gialla 2020
Uggiano
Rosso di Montalcino 2020
Gillardi
Barolo 2016
Bastianich
Vespa Rosso 2015
Isto fo escrito em Março de 2023 e quase todas as garrafas mencionadas foram consumidas. Tempo de voltar…