21 de fevereiro de 2006

Cabernet Sauvignon Húngaro...


Quem acompanha este blog pensa logo que somos alcoólatras inveterados, mas não é nada disso. Não se esqueçam dos efeitos benéficos do vinho para a saúde. Se puderem, consumam um cálice de tinto todas as noites antes de deitar. Ontem, ao invés de seguirmos para a Academia, como habitualmente fazemos, ficamos em casa e comemos uma saladinha de endívias, acompanhada com torradinhas cobertas com queijo gorgonzola, mussarela apimentada e mostarda de Dijon. Para acompanhar a refeição, abrimos uma garrafa de vinho tinto húngaro, que ganhamos de presente de um radioamador amigo (Tamas HA5PT). Já tínhamos provado o vinho em companhia de nosso colega em Budapest, dois anos atrás e ele, cônscio de nosso apreço, achou por bem nos presentear com uma garrafa quando nos encontramos novamente na Hamvention (convenção radioamadorística realizada em Friedrichshafen, Alemanha, todos os anos no final de junho). A casa é Chateau Teleki Villany, tradicional para os húngaros, e a uva cabernet sauvignon, safra 2003. Apresentou-se com cor vermelha translúcida, pendendo para o claro, sem bordas ou oleosidade aparente. No nariz, mostrou-se reforçado pela presença do álcool, denotando um vinho carente ainda de algum amadurecimento. Tons de cereja e presença de madeira se confundiam com os taninos ainda duros, novamente pedindo mais tempo na garrafa antes do consumo. Em primeiro ataque à boca, demonstra ser vibrante e potente, talvez por conta do teor alcoólico ligeiramente reforçado, lembrando alguns bons cabernets californianos. Tem permanência duradoura ao palato e conclui-se logo ser bom vinho que mereceria, também, ser aberto com antecedência mínima de uma hora, ou despejado em decanter, para respirar e adquirir mais vida. Agradável, forte e bem estruturado. Consumimos meia garrafa apenas, enquanto acompanhamos o maravilhoso show do grupo irlandês U2, transmitido ao vivo diretamente de São Paulo pela Multishow (SKY). O show, diga-se de passagem, foi surpreendente e manteve-nos ligados até uma hora da manhã sem qualquer dificuldade, com músicas intimamente ligadas aos nossos 15/30 anos de idade. Valeu a pena e encerramos a noite com chocolate e um pequeno cálice de Sauternes (o mais conhecido vinho francês de sobremesa). O U2 merecia isso!!

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