Eis aqui a cartinha que enviei por e-mail à Rádio Cultura, em virtude do anunciado fim das transmissões em ondas curtas:
Senhor Presidente,
Através de uma lista de discussão na internet, tive ciência de que a rádio Cultura da Fundação Padre Anchieta de SãoPaulo encerrará as transmissões em 6.170kHz, usualmente com a mesma programação da Cultura FM de São Paulo. Desde a década de 80, sou ouvinte assíduo da programação elaborada e de alta qualidade da Rádio Cultura. Sem alcance para o FM, as ondas curtas sempre foram o melhor caminho (para mim o único meio) para usufruir das maravilhas musicais da Rádio Cultura.
É lastimável que decisões políticas desse calibre sejam tomadas sem uma consulta mais ampla entre os principais interessados: contribuintes e cidadãos. Afastando o povo do contato com a música erudita, ou tirando uma das principais vias de acesso a esse meio musical, tem-se retrocesso que dificilmente será suplantado, especialmente no interior do Estado e no país, onde ainda milhões de pessoas dependem das ondas curtas para ter acesso a cultura.
Espero que essa decisão seja repensada e revista, e mais, que os transmissores em ondas curtas sejam renovados e melhorados, levando a Rádio Cultura ainda mais longe. Plagiando um colega, não quero me restringir "em ouvir éguinha pocotó, abaixa rebolando, encaixa encaixa e outras excepcionais produções artístico-culturais tão em moda neste país maravilhoso, de povo altaneiro, educado e de governo competente."
Por favor, dêem espaço a Villa-Lobos, Carlos Gomes e Guarnieri...
Vitor Luis Aidar dos Santos
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