20 de dezembro de 2009

Nilson e Rui

Que domingo bacana!
 
Recebemos, Ana e eu, a visita de Nilson e Angelita. Mais de meia década se passou até que eles retornassem até nossa nova "casa de campo" jaboticabalense, e fizemos questão de brindar à altura, com um Blue Label fechadinho, na caixa, adquirido há uns cinco anos. A casa deles está quase pronta, um sonho realizado a custa de muito esforço e da união do casal.
 
O Fusquinha VW recuperado pelo Nilson está uma jóia, é verdadeiro brinco! Conversamos muito sobre VW, Mercedes, Audi, Jetta, França, New York, NFL, NBA, exames, atendimento médico, convênios, DVDs, Segunda Guerra, Major Elza... Também falamos de Juízes, serviço, prédios, cidades, segurança, economia! É muito bom reencontrar os amigos para o bate-papo de mais alto nível, inteligente, sensível...
 
Foram embora, precisam correr com o acabamento na construção e mudam logo para a nova casa! Que alegria, como é bom ver as coisas darem certo para aqueles que respeitam os mesmos valores que cultuamos... Somos cada vez menos, sofremos cada vez mais...
 
Ficamos, Ana, eu e o Pretinho, nosso poodle de 16,5 anos.
 
Já há alguns dias vínhamos procurando o momento adequado para ligar ao Brigadeiro do Ar Rui Barbosa Moreira Lima, ex-combatente do "Senta a Pua" (www.sentandoapua.com.br), nosso grande amigo e herói da Segunda Guerra Mundial. Estávamos entristecidos pela morte da Major Elza, já mencionada aqui neste blog...
 
Pois não é que, alcançadas as 14h00min no relógio, nosso telefone tocou e o número foi imediatamente reconhecido como sendo da casa do Brigadeiro Moreira Lima http://www.sentandoapua.com.br/joomla/content/view/63/?registro=BO-432?
 
Imediatamente retornamos a ligação e ali estava ele, nos atendendo ao telefone. Está com 90 anos de idade... Contou que passou maus bocados nos hospitais, com uma pneumonia e depois com um edema pulmonar. Aguentou cinco dias de UTI, e ultrapassou mais esse obstáculo! Contou que Goulart se foi, e agora, como pilotos de guerra, sobraram ele e Meirinha.
 
Ana e eu ficamos emocionados, felizes, com essa coincidência e porque não dizer, com essa
"empatia-telepática". Pensamos uns nos outros e repentinamente, do nada, o Brigadeiro Moreira Lima ao telefone, do alto de seus 90 anos de idade e 94 missões de guerra nos céus italianos em 1944/1945!
 
Cobriu-nos com regular gentileza e amabilidade. Quando passei o telefone para Ana, eu disse a ele: - "Olha lá Brigadeiro, é só para um abraço, hein?".
 
Os dois conversaram e quando eu tomei do telefone o Brigadeiro logo disse - "Fui além, Vitor, fiz uma declaração de amor" - não podia mesmo ser outra pessoa!
 
Julinha, sua esposa, operou o fêmur e parece que anda preguiçosa; senti a preocupação do Brigadeiro e rogo a Deus para que sua companheira de vida inteira não se quede sentada o tempo todo. É difícil desafiar o tempo, mas parece que esse casal consegue - um grande exemplo para outros como nós.
 
Onde está o governo que não reconhece o valor desses homens? Porque apenas americanos, ingleses, canadenses, etc.. podem cultuar seus ex-combatentes, sem constrangimentos tolos?
 
Moreira Lima pediu que, em nossa viagem programada para Monte Castelo (Itália), visitássemos Pianoro e procurássemos na Prefeitura a "sindaca" Simonetta, pois há um monumento construído pelos cidadãos em homenagem aos combatentes brasileiros que libertaram aquela região. Eles tem orgulho ao afirmar que foram libertados pelos brasileiros, e não pelos americanos...
 
Senta a Pua, Brigadeiro Moreira Lima, um beijo de Vitor e Ana.
 
 

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