23 de julho de 2007

Vinhos, Cães e Jantares

Apresentamos aos amigos leitores, o vinho que adquirimos durante a passagem pelo Principado de Liechtenstein. Trata-se de um Rosé vinificado a partir da uva Pinot Noir, com agradável nariz, acidez controlada, cor digna da modalidade e ótimo acompanhamento para carnes mais leves e peixes. Cai particularmente com saladas. Foi o primeiro vinho consumido após o retorno da viagem de 10 dias pela Suíça e Alemanha, entre 15.6.2007 e 24.6.2007. Já não me recordo ao certo quantas garrafas vieram na mala, mas a maior parte dos vinhos trazidos é de origem suíça. São desconhecidos do grande público brasileiro e em 95% dos casos, têm seus melhores representantes com a Pinot Noir (tinto) e algumas variedades de brancos, incluindo a Chardonnay – é claro que predominam os brancos na produção nacional como um todo.

Falando em vinhos, adquirimos um pequeno guia para o consumidor, publicado por Hugh Johnson, na versão 2007. É todo em inglês, mas traz referências ótimas de vários países, incluindo o Brasil, além de harmonizações simples de vinhos, queijos e refeições. Nessa última versão, Hugh Johnson comenta rapidamente sobre o RioSol, tinto brasileiro produzido em Pernambuco, latitude 8 graus. Ana e eu estamos experimentando esse vinho agora, adquirido há uma semana por R$ 16,90 no Museu da Gula em Ribeirão Preto. Por se tratar da safra 2004, nossa avaliação é de que o vinho deve ser consumido imediatamente e a garrafa deve ser aberta quinze minutos antes de servir. Os taninos estão bem trabalhados, a cor demonstra pequena e levíssima oxidação na borda e a presença do álcool está disfarçada pelos tons de madeira ao palato. O nariz não é pungente, mas satisfaz e o vinho pode acompanhar carnes vermelhas que não sejam temperadas com mais força. Espero ter tempo, em breve, para publicar a foto do rótulo e traduzir o comentário feito pelos especialistas da Wine Spectator.

O RioSol já foi avaliado pela Wine Spectator recentemente, recebendo 83 pontos na escala de 50 a 100, daquela revista especializada. Trata-se, salvo engano, do único vinho brasileiro avaliado pela importante publicação americana. Acredito que, nos próximos meses, os primeiros representantes da Miolo (Rio Grande do Sul), também sejam ali avaliados, dada a influência de Michel Rolland no cenário vinícola mundial. Neste blog, o leitor encontrará uma entrevista concedida por ele há uns dois anos, quando do lançamento do Miolo Merlot Terroir 2004. Vale a pena, pois outros vinhos da empresa estão recebendo o toque de Midas de Rolland, e conseqüentemente, com preços adequados ao mercado internacional. Fica difícil, todavia, mesmo com a participação desse Expert, substituir bons chilenos e argentinos pelos vinhos brasileiros, se o preço é semelhante...

Anote para sua próxima compra de livros: Hugh Johnson’s Pocket Wine Book 2007, trigésima edição. Uma micro-enciclopédia para novatos e experts, segundo o New York Times. Tão pequenino que dá vontade de levar para todos os lugares, especialmente supermercados...

Na próxima quarta-feira, participaremos de uma degustação com vinhos da Bodega Dona Paula, da Argentina. O evento é promovido pela Mercovino, uma das boas lojas de vinho sediadas em Ribeirão Preto. Há uma semana, fiz minha primeira aquisição na casa, com um Malbec 2004 da Argentina (90 pontos na Wine Spectator) e um outro tinto espanhol, ainda não degustado, com 92 pontos da mesma publicação; e os dois vinhos têm ótimo potencial de guarda. A surpresa agradável, já comentada com um Juiz do Trabalho apreciador, foi o Viognier Branco 2005 argentino, Altas Cumbres de Lagarde. Varietal, oriundo de vinhedo com 12 anos de idade da região de Lujan de Cuyo, e esbanjando 15% vol de álcool! Complexo, frutado, intenso... Em breve, postaremos a fotografia do rótulo, mas por ora, vale a pena ir até a Mercovino, conversar com o Ricardo e pedir seu desconto. Consegui duas garrafas por R$ 31,00 cada uma.

Mais um livro interessante sobre cães: “Uma vida entre três cachorros”, de Abigail Thomas, Editora Planeta. Eis a sinopse: é uma das memórias mais intensas já escritas. Abigail Thomas tem um estilo seco e impactante, assim como a tragédia que abalou sua vida. A história começa quando seu marido Rich, após ser atropelado, sofre grave lesão no cérebro. Entre as diversas seqüelas, a perda da memória é a que traz maior dano a ele e a sua família. Rich é condenado a morar para sempre em uma clínica. Sem o companheiro em casa, Abigail faz de seus três cachorros uma nova família. Harry, Rosie e Carolina irão preencher o vazio da cama e aquecê-la nas noites gélidas. Mais do que isso, os cachorros vão lhe ensinar o verdadeiro sentido de uma família: a lealdade, amor incondicional e o carinho.
Veja opinião de blogueiro: http://os-livros-da-minha-estante.blogspot.com/2007/06/relatos.html

Por hoje é só... Vitor (PY2NY) e Ana (PU2VYT).

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