Sobre as fotos: a primeira delas, com um grande grupo de amigos radioamadores franceses em Bordeaux, no restaurante Le Grill au Thym (http://www.grillauthym.com/), incluindo Solange F5RXL mais à esquerda, Ana PU2VYT logo abaixo, Laurent F8BBL acima, Paul F6EXV com o cachecol cinza, Julie (XYL de Solange e Michael) de casaco pink, o proprietário do restaurante de camisa xadrez, abraçado com sua amiga e Gerard F2VX, e na extrema direita, Michel F5OZF.
A outra foto é uma colagem dando um vislumbre do ambiente interno do restaurante mencionado e alguns dos convivas do Bordeaux Dx Group, quando entregavam os diplomas de Vitor e Ana.
Depois, na terceira foto, acreditem se quiser, fomos recebidos no La Tour Carnet (de Bernard Maigrez) pessoalmente pelo jovem winemaker Frederic, que nos levou conhecer todas as instalações e as ruínas restauradas. Melhor do que isso, disponibilizou para prova os brancos Semillion e Sauvignon Blanc 2006, um assemblage dos tintos para o mesmo ano, e depois de muito bate-papo, nos levou para experimentar, direto dos barris, o cabernet sauvignon e merlot que servirão para os cortes de 2007, em primeiríssima mão. Merci Beaucoup Frederic!!
A última foto foi batida aqui em casa com a Wine Spectator de fundo e a garrafa de Clos des Papes 2004 que degustamos no La Pyramide na noite de ontem... Maravilha !!
Do e-mail mais abaixo talvez valha a pena pesquisar alguns sites.
Na Wine Spectator e falando do vinho número um em 2007:
http://www.winespectator.com/Wine/Top100/2007_1-10/0,4976,1,00.html
Sobre o WRTC 2010 e outros, o ponto referencial inicial, em inglês:
http://www.wrtc.info/
Sobre João Roberto e o restaurante La Pyramide:
http://www.gazetaderibeirao.com.br/conteudo/mostra_noticia.asp?noticia=1422408&area=92020&authent=26649A204FFB809FDD91BBDF423994
Ainda sobre João Roberto e sua coluna na "Gazeta de Ribeirão", vejam abaixo a maneira gostosa de descrever uma variedade de vinho:
Tempranillo
O seu nome tem origem na Espanha onde por ser nativa suas vinhas florescem com todo o vigor na expectativa de nos brindar com alguns de seus melhores vinhos, que são elaborados principalmente nas regiões de Denominação de Origem Controlada (DOC) Rioja e Ribera del Duero, sendo que nesta região última é conhecida como Tinto Fino ou Tinto del País. Mais recentemente suas qualidades têm sido exploradas de uma maneira mais agressiva nas regiões de Penedès, Navarra e Valdepeñas. No vizinho Portugal recebe o nome de Aragonês no Alentejo e Tinta Roriz no Douro figurando ao lado da nativa deste país, que é a Touriga Nacional considerada o tesouro da viticultura portuguesa e responsável pelos famosos vinhos do Porto e outros não fortificados. O nome Tempranillo deriva do fato que esta variedade amadurece várias semanas mais cedo do que as outras (do espanhol temprano). A Tempranillo é uma uva de tamanho médio, formato alongado possuindo uma casca espessa de vermelho escuro e intenso. Uma de suas características, e talvez aquela que seja a mais importante, é a sua grande resistência ao calor proveniente da intensa luz solar e à aridez do solo que é comum em grandes áreas na Espanha onde ela é cultivada, e se dá muito bem, à semelhança dos beduínos que habitam os desertos com seus infatigáveis e resistentes camelos. Este ambiente aparentemente hostil é o preferido desta uva resultando em vinhos de cor, aromas e sabores intensos, com uma grande afinidade pelo carvalho o que confere uma inegável tipicidade aos seus vinhos quando elaborados na Espanha. Graças a esta uva os vinhos espanhóis elaborados na região de Rioja, alcançaram um merecido reconhecimento em quase todas as mesas ao redor do mundo onde eram degustados e apreciados com parcimônia e cerimônia. Ervas aromáticas, amoras pretas, morangos maduros desprendem-se de um bom Tempranillo espanhol, onde sempre contamos com a agradável presença da madeira das barricas de carvalho americano, e mais recentemente do carvalho francês onde estas uvas foram fermentadas, e seus vinhos completamente maturados antes de serem colocados á nossa disposição. A sua longa permanência em contato com o carvalho é importante para amaciar sua alta concentração de taninos. A Argentina o nosso vizinho do sul tem produzido muitos bons vinhos com a Tempranillo na região de clima semelhante ao da Espanha, e que leva inclusive o nome semelhante que é a região de La Rioja, e igualmente na sua maior região vinícola que é Mendoza. As características dos vinhos elaborados com a Tempranillo na Argentina são muito semelhantes aos da Espanha e vem melhorando em qualidade a cada safra que passa, visto que o interesse por esta variedade é ainda recente. No estado da California esta uva ainda carrega o nome de Valdepenas e sua cultura é ainda pouco difundida, mas a procura por "novos tipos de vinhos" para enfrentar a crescente concorrência ao redor do mundo está despertando o interesse pela Tempranillo naquele estado, que está produzindo, segundo informações, bons vinhos, o que tem ocorrido igualmente na longínqua Burma na Ásia. Para os apreciadores de vinhos jovens e com baixa acidez a Tempranillo é uma boa escolha, ao passo que para os produtores este é um problema que muito vezes só pode ser corrigido com a realização de uma assemblage da Tempranillo com outras variedades, o que ocorre com uma grande freqüência, com a finalidade manter um equilíbrio entre os seus elementos, e garantir a longevidade de seus vinhos após o seu engarrafamento. Aqui vale a pena lembrar que a acidez de um vinho é de máxima importância para a manutenção de sua vida útil, o que muito vezes os colecionadores não levam em conta, e na maioria das vezes são mal orientados em sua escolha ao se apoiarem na quantidade de taninos presentes. O nível de taninos não garante que um determinado vinho tinto venha a atingir um amadurecimento com elegância e tampouco longevidade. Um bom final de semana para todos nós.
Eis agora nosso e-mail, transcrito com ressalvas.
Fratelli in Vino
Sim, espero que aconteçam. Ana e eu, particularmente, sentimo-nos em dívida com todos, pois está chegando a hora de recebermos os convivas em nossa casa.
Pois muito bem, fratelli in vino, gratíssimo pela preocupação. Ontem, em comemoração a meu aniversário, ganhei de minha esposa um jantar no La Pyramide, de Ribeirão Preto, e João Roberto (o dono e chef) nos preparou uma terrine fantástica de entrada, e cabrito / coelho para os pratos principais. O Vinho?? Ah, o vinho.... Que maravilha, uma obra prima de Paul Avril - O ChateauNeuf-du-Pape 2004 Clos des Papes, nosso primeiro vinho 96 pontos WS da vida!!
Fomos o primeiro casal a chegar a praticamente o último a sair... O Clos des Papes 2005 foi eleito ano passado o número um do mundo pela Wine Spectator !! E as safras anteriores - 2004/96 2003/97 e 2005/98 pontos... É mole? Foi uma noite fantástica e a companhia de João Roberto e sua esposa Regina fazem qualquer noite especial. João Roberto lançou dois livros ano passado e comparecemos aos dois lançamentos.
É o melhor Duas Estrelas (QuatroRodas) do Brasil em 2006 e está no ranking dos melhores há dez anos.
João Roberto foi eleito o chef do ano novamente em 2007 e a Viagem e Turismo de janeiro mostra o Editor Castanho visitando 1.600 restaurantes e elegendo os três melhores do Brasil, sendo um deles no RN, outro no ES e outro em Ribeirão Preto, este último, bem, não preciso falar...
Abraços a todos...
Vitor e Ana
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