Chilenos I

Ave César, como esse povo come!! Eis aí o xará, mandando brasa e sem a vigilância da Eliana. Bom, não posso reclamar, porque a Aninha, ainda de costas para a camera fotográfica, também segue como "bom garfo". Estamos na WorldWine Ribeirão Preto, e a máquina fotográfica foi emprestada pela Elisângela, que juntamente com um grupo maravilhoso de jovens "ladies", nos serviu um jantar harmonioso com os vinhos que escolhemos, encerrando com o Almaviva 2003 (95 pontos Wine Spectator) ofertado pelo Cláudio. Na ordem, temos a Aninha aqui embaixo, logo a seguir o Victor já vermelhinho pelos vinhos da degustação e se preparando para o grande momento. A seguir, a Lúcia, quem pode esquecer da fotógrafa que não aparece nas fotos que publiquei há algum tempo? E perdido, olhando para horizonte perdido (ai meu bolsinho!), temos o Cláudio, aniversariante do mês e grande responsável por uma garrafa inteirinha de Almaviva... Acho que nos divertimos todos...

 

Chile (Wines)

25 de Maio de 2006, reservado aos vinhos chilenos. Reunimo-nos novamente para a degustação temática que é promovida periodicamente pela empresa especializada WorldWine em Ribeirão Preto. Do grupo mais habitual, ressentimo-nos pela ausência do casal Pedro e Sônia, bem como da Eliana, esposa do Victor. Os dois primeiros, por motivos de ordem pessoal, e esta última em virtude de pequena perturbação da saúde. Os vinhos servidos foram todos ótimos e o professor Bailão novamente orquestrou com maestria a exposição sobre o Chile e seus grandes produtos. Ficou claro, do ponto de vista dele, que será difícil o Brasil, algum dia, alcançar produção de qualidade próxima a chilena, especialmente no aspecto geográfico. Os paralelos do vinho não integram o Rio Grande do Sul... Isto é tristonho porque Ana e eu andamos satisfeitos com os vinhos da Cooperativa Vinícola Aurora, ao menos para o consumo mais diário. O fato é que os chilenos realmente andam a frente, e os preços oferecidos em supermercados são extremamente convidativos, mesmo se comparados aos nossos. Sou admirador da casa Concha y Toro (que visitamos alguns anos atrás) e seus cabernet sauvignon e chardonnay são sempre prontos para vir à mesa. De qualquer forma, tivemos uma grande experiência com estes chilenos exóticos, e o aniversariante Cláudio nos brindou com uma garrafa do famoso AlmaViva 2003, que foi especialmente apreciada. Mas há algo importante – sentimos claramente que os vinhos não se distanciaram muito uns dos outros, no quesito qualidade. O Bravura e o AlmaViva brigaram em pé de igualdade para alguns... O Éclat “morreu” rapidamente na taça, e aroma complicou-se em si próprio após trinta minutos. O Aliara quis se impor, mas foi ultrapassado pelo Bravura, e o Cabo de Hornos (que poderia ser mais atrativo) ficou ofuscado entre o Bravura e o AlmaViva. Senti que alguns dos convivas não se impressionaram com tudo o que o AlmaViva prometia, e fizeram muito bem, porque vinho é questão de gosto, é algo pessoal... Mas, ao meu nariz e palato, este top lembrou imediatamente o Pichon-Lalande 1997 que tive condições de experimentar um ano atrás, e é exatamente essa a intenção dos produtores. Enfim, terminado o evento, reforçamos nossos votos recíprocos para que o encontro jaboticabalense do vinho dê certo para a segunda quinzena de junho. Como são todos profissionais atarefados, e o excesso de ânimo pode parecer mais pedantismo do que o prazer da meditação vinícola, julgo por bem não ficar empunhando a bandeira de nossa confraria municipal sozinho, dissonante... Esta postagem vai sem fotografias porque fico na dependência da Elisângela (WorldWine) me mandar as que bati com sua máquina emprestada no ato.





Éclat 2002

Origem: Maule Valley; Safra: 2002; Produtor: Valdivieso Vineyard; Uva: Carignan e Syrah; Tipo: Tinto; Graduação Alcoólica: 14%; Cor: Rubi escuro.

Aroma: Bem evoluídos de fruta em compota, couro, alcatrão e um leve tostado; Sabor: Bom corpo, taninos equilibrados e boa acidez. O final é longo e bem equilibrado; Notas de degustação: 12 meses em barricas novas de carvalho francês. Mais 06 meses de afinamento em garrafa; Acompanha: Carnes vermelhas e de caça.

Temperatura de serviço: 16°C/18°C.




Aliara 2001

Tinto, 80% Cabernet Sauvignon (Colchagua & Vale do Curico), 17% Merlot (Vale do Curico), 2% Carignan (Maule), 1% Cabernet Franc (Maule), em vinhedos de 10 a 80 anos, ligeiramente inclinados com solos profundos, arenosos e com abundância de pedras e cascalhos; Eliminação dos brotos durante a primavera, remoção de folhas durante a frutificação, manuseio da quantidade de uvas durante o pintor.

Colheita: Abril e Maio de 2001, com clima: sol abundante e boas temperaturas ao longo da estação. Fortes oscilações térmicas entre o dia e a noite. Clima quente e seco durante a colheita.

Uvas colhidas a mão, transportadas em pequenos tonéis plásticos de 400 kg, fermentadas em tanques de 7.500 a 10.000 litros. 4 a 5 dias de maceração fria a 14°C antes da fermentação, entre 15 e 20 dias de maceração a 25°C depois de fermentado. Fermentação com leveduras nativas e selecionadas. Fermentação malolática espontânea em barris. Envelhecimento: 14 meses em barris novos de carvalho francês. Não refinado e não filtrado. Engarrafado em Julho de 2002.

Notas do enólogo: cor vermelha profunda revelando reflexos roxos. Oferece uma forte fragrância de ameixa, cereja e groselha sugerindo aromas de tabaco, chocolate escuro e baunilha. Toques de couro e carne assada dão uma maior complexidade ao vinho. No paladar, taninos maduros acompanhados de chocolate amargo, tabaco fresco e folhas de cigarro proporcionam um final longo e balanceado.

91 pontos da Wine Spectator: “(…) ameixas, cassis (…) tostado – deve permanecer um pouco na adega, e ser consumido até 2008.” Foram produzidas 1480 caixas.






Bravura 2001

Origem: Maule Valley; Safra: 2001; Produtor: Vina Calina; Uva: 70% Cabernet Sauvignon, 30 % Merlot; Tinto com graduação Alcoólica: 14.3%; Cor: Vermelho intenso com reflexos rubi.

Aroma: Mescla completa de frutas vermelhas frescas, como cerejas, framboesas e amoras, cassis e sutis toques de madeira que completam um extraordinário bouquet. Sabor: Largo e elegante, de grande corpo com taninos complexos que inundam toda a boca com incrível suavidade e frescor.

Notas de degustação: 24 meses em barricas francesas, sendo 25% delas de primeiro uso. Vinhas com 21 anos de idade. Acompanha: Carnes vermelhas e massas condimentadas.

Temperatura de serviço: 16°C/18°C





Cabo de Hornos 2001

Origem: Valle de Lontué; Safra: 2001; Produtor: Viña San Pedro; Uva: 100% Cabernet Sauvignon; Tinto com graduação alcoólica: 14%; Cor: Vermelho intenso concentrado.

Aroma: Intenso, maduro, especiarias mescladas com madeira, café e frutas negras. Sabor: De grande corpo, excelente concentração com taninos expressivos. Amplo e elegante, com potencial de guarda de 05 à 08 anos.

Notas de degustação: Passa 18 meses em barricas francesas novas.Depois desse período de guarda, o vinho é clarificado com claras de ovos naturais e envasado sem filtrar, preservando toda sua concentração e naturalidade. A idade média das vinhas é de 50 anos. Acompanha: Pratos condimentados, carnes vermelhas e de caça.

Temperatura de serviço: 16°C/18°C





Almaviva 2003

Origem: Puente Alto – Santiago; Safra: 2003; Produtor: Baron Philippe de Rothschild e Concha Y Toro; Uva: Cabemet Sauvignon, Carmenére e Cabemet Franc. Tinto com graduação alcoólica: 14,5%; Cor: Vermelho intenso.

Aroma: A mistura de aromas terrosos, de flor de laranjeira, de cereja preta e de fumo proveniente da madeira formam um conjunto apetecível. Os componentes minerais e resinosos envolvem esta complexidade de aromas com nuances de chocolate fino e toques animais.

Sabor: Envolvente, de concentração complexa, com notas terrosas, minerais e madeira. A acidez é viva não deixando sobressair os taninos elegantes que lhe conferem uma estrutura equilibrada e perfumada.

Notas de degustação: 18 meses em barricas novas de carvalho francês, mais 06 meses de amadurecimento em garrafa. Vinhedos de 40 hectares. Acompanha: Carnes vermelhas, de caça e massas.

Temperatura de serviço: 16°C/18°C. Melhor se armazenado adequadamente, para consumo entre 2007 e 2015. Cotado pela Wine Spectator com 95 pontos, de 100 possíveis: “muito denso (...) impressionante balanço entre os taninos, a acidez e o carvalho”.

Our Friends (Eng/Por)

Well, this is another group of pictures about our visit into San Francisco nights, during December 2005... We are together with our friends KX7M Denny, W6NV Oliver and your lovely wife Ann, going out to dinner at Italian place. We had chance to eat a lot and also to drink good wine. Wine was our main motion to California’s trip and we had a great time there. Wine Spectator is annoucing 2006 California Wine Experience at San Francisco, at October third weekend. Denny and Oliver are coming to Brasil for World Radio Teams Championship, a special kind of ham radio competition. We really hope to do a big reception for our friends, because they were with us all the time while visiting your home, like other ham radio operators around the world last five years.

Bom, eis aqui outro grupo de fotos de nossa visita às noites de San Francisco, em dezembro de 2005. Estamos com nossos amigos KX7M Denny, W6NV Oliver e sua adorável esposa Ann, indo ao bairro italiano para jantar. Tivemos a chance de comer muito e provar bons vinhos. Vinho foi a principal motivação para nossa viagem a Califórnia e nós aproveitamos muito. A revista Wine Spectator está anunciando a “Califórnia Wine Experience” em São Francisco (CA, USA) no terceiro final de semana de outubro. Denny e Oliver estão vindo ao Brasil para o WRTC, uma modalidade especial de competição entre radioamadores. Nós realmente esperamos ter uma grande recepção para nossos amigos, porque eles estiveram conosco durante nossa visita a seus lares, como já ocorrera com outros radioamadores ao redor do mundo, nos últimos cinco anos.

PDF to Word

Dois amigos da Confraria dos Vinhos de Jaboticabal responderam sobre o conversor de PDF para Word. Curiosamente, na mesma semana, o Caderno Informática da Folha de São Paulo indicou uma alternativa chamada PDF2WORD. Você tem possibilidade de efetuar o teste da versão por trinta dias e depois precisa desembolsar o valor do registro. Continuo pesquisando, porque meu interesse é sempre por programas de livre acesso. Mas a dica vale a pena, o programa realmente funciona, e muito bem. Também agradeço ao PY2ELG, que passou algumas dicas interessantes.

Evel 1999 (Real Companhia Velha)

Compramos no Carrefour em 2001, algumas garrafas de vinho tinto da Real Companhia Velha. O Evel 1999 e o Porca de Murça 1999 podiam ser encontrados facilmente e não eram exatamente os melhores vinhos do mundo.

Na Wine Spectator (publicação especializada em vinhos) encontrei apenas o Evel com as seguintes qualificações: score final 86 pontos; preço médio US$ 8,00; avaliado em maio de 2002 (já se foram quatro anos); notas: tinto concentrado com corpo médio, aromas de ameixas vermelhas e cerejas, bem como especiarias. Cereja em licor e cassis no palato final. Beber agora. Foram produzidas oito mil caixas.

A Real Companhia Velha informa que as uvas na composição do Evel são: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinto Cão e Touriga Francesa, com a seguinte análise química: Alc. Vol. 13.19%, acidez 5.40 g/l e pH 3.57. Aliás, o site da empresa www.realcompanhiavelha.pt foi remodelado, e há boas informações em arquivos PDFs que podem ser baixados e lidos com calma. Particularmente, Ana e eu consideramos que os taninos estão ainda muito presentes, não foram amaciados pelo tempo, mas há limites para que isso ocorra sem perda de outras qualidades. Como se percebe, ultrapassamos em quatro anos o tempo recomendado para o consumo, mas por sorte, aproveitamos bem cada taça. A rolha estava intacta.

Quanto a revista supra mencionada, cabe mencionar a escala de avaliação, que pode ser usada por qualquer pessoa curiosa, para analisar e degustar qualquer vinho. Não se preocupe com vinhos caros, há coisas maravilhosas por preços convidativos em todos os supermercados. Vamos lá: 95-100 Clássico; 90-94 Superior; 85-89 Muito bom; 80-84 Bom; 75-79 Medíocre; 50-74 Não recomendável.

 

Cartilha

Quem não conhece a mocinha aqui? Estas foram tiradas no final do ano passado, lá na Cucina de Tullio Santini, o paraíso das massas e vinhos em Ribeirão Preto, e o lugar onde todos nós da 1a. Vara do Trabalho de Jaboticabal costumamos ocupar uma noite para a confraternização de encerramento do ano jurídico... Vejam bem que o manual de operações que a Gracinha escolheu para estudar não nos deixa muitas opções para o futuro, não é mesmo? Será que todos nós teremos que comprar o mesmo manual em breve? Bom, melhor perguntar para a Gracinha se as tarefas ali expostas são fáceis de serem cumpridas.

 

Brasil x Portugal

Hoje consegui chegar mais cedo em casa, e por conta disto, creio que tenhamos em breve uma tempestade de canivetes... Aproveitei para brincar com meu brinquedinho de velho, ou seja, o blog.

Já faz algum tempo que as garrafas aqui fotografadas foram consumidas e existem algumas curiosidades sobre elas. A começar pela maiorzinha, brasileira, da Cooperativa Vinícola Aurora e cepa Cabernet Franc, em desuso mundo afora. Já há alguns anos que, com certa freqüência, adquirimos vinhos diretamente da casa Aurora. Geralmente, quando preparo a encomenda, aviso os amigos e logo o pedido cresce a tal ponto de os fornecedores não cobrarem o frete. O vinho nacional vem crescendo em qualidade, ano após ano, e dessa Vinícola, não nos importamos nem um pouco em recomendar algumas jóias, como o Espumante Brut (método Charmat) que abraçou prêmios importantes nas competições mundiais respectivas. Este Cabernet Franc fotografado integra a coleção “Pequenas Partilhas” com outras três uvas: Carmenére, Tannat e Cabernet Sauvignon. As garrafas são numeradas e o custo é de R$ 38,00 por garrafa. Não é escandaloso, mas a relação custo/benefício é boa, especialmente se pensarmos que a partir do maior consumo, teremos por conseqüência a expectativa de maiores cuidados para com os parreirais pátrios.

Para ser consumido jovem, este vinho leva o nariz a um passeio diferente, quase inebriante, com excessiva fumaça compensada pelo paladar agradável e macio, e uma quase ausência de taninos que chega a pecar... Harmoniza bem com as carnes e os temperos médios, e os queijos de qualquer espécie, embora ultimamente minha esposa e eu estejamos consumindo mais gruyere, camembert e brie.

Passemos agora ao apreço da pequenina garrafa (500 ml) da Tinta Miúda (100%), portuguesa da gema, da Casa J.P. Vinhos, S.A., região Estremadura, ano 1998. Álcool: 12vol. Consumo ótimo: 2001 a 2004. Aroma de boa intensidade, fino, com frutas maduras e em licor. Na boca é bastante leve, com boa acidez e “memória”das frutas do nariz. É realmente um vinho curioso, como reconhece uma loja espanhola... Percebe-se desde logo que o vinho pode estar passado, mas tal não se sucedeu. O mais interessante, é que o vinho brasileiro NÃO é de supermercado, ao contrário do que ocorre com o JP Tinta Miúda. Na época em que adquirimos três garrafas desta última, o preço era extremamente sugestivo, em uma estante do Carrefour.

Isto tudo indica que não é preciso recorrer a fornecedores especializados para termos bons vinhos ao nosso alcance. Também, força a conclusão de que quase todos os vinhos ditos de “supermercado” não são adequados para a guarda, inclusive porque a forma de armazenamento não é exatamente a mais apropriada, até a venda ao consumidor final.

Aniversário do Cláudio

Olha aí, pessoal, o aniversário do Cláudio... Ainda bem que eu escondi a cara da "charuteira" que, como todo mundo, estava amargando uma senhora bebedeira... As fotos ficaram legais, mas a fotógrafa não aparece em nenhuma delas. Mas o encontro foi muito bacana e todo mundo se divertiu às pampas...

A única diferença é que, ao invés de taças, víamos tulipas distribuídas entre os convivas. Também, e nessas condições, é bom lembrar que teve gente que não agüentou e apeou antes da hora!! Afinal de contas, com tanta cerveja, caipirinha de uva e mojito, fica difícil suportar. Para completar, a feijoada preparada para quinhentas pessoas que, salvo engano, deve render até hoje...

Estamos em compasso de espera para o próximo evento enológico, a se realizar em 25 de maio de 2006, com a degustação de vinhos chilenos. Acho que o Cláudio não vai continuar com essa cara de satisfeito na hora em que abrirmos (e ele "güentar") o fantástico Almaviva das Casas Baron Philippe Rothschild e Concha y Toro. Apresenta uma invejável e sensual elegância. Exuberante complexidade, mostra-se suavemente, desdobra-se com a fruta muito madura e intensa em nuances florais muito sutis e penetrantes, toques levemente apimentados, figos secos, cacau. Deixa um final de prova adorável e prolongado. Todos os Almaviva receberam mais de noventa pontos da Wine Spectator...

Por fim, acho que todos receberam mais um convite da WorldWine, que está promovendo uma apresentação de novos vinhos com frios Seara, no próximo sábado entre 11h00min e 18h00min. Não mencionaram taxas de ingresso ou custos...

Jaboticabal no Crime

Esta notícia mais abaixo foi transcrita do site Terra. Todavia, além desse crime bárbaro, o que mais me chocou foi o assassinato de um bombeiro em São Paulo. Em todos os países do mundo, bombeiros são amados, inclusive pelos meliantes. Aqui, estão sendo mortos... Não são poucas as vezes em que eu disse: - para se ter filhos neste país, é necessário muito mais do que coragem, é preciso estômago.
É muito triste ver que nossa querida Jaboticabal transformou-se em manchete de jornal a nível nacional, por conta de tragédia. Isto mostra a que ponto chegou a insegurança em todos os centros urbanos, de qualquer tamanho. Meus vizinhos já estão instalando sistemas internos de TV e alarmes, como eu próprio já havia feito.
Eis a notícia:
“Na cadeia de Jaboticabal, dois presos foram baleados e quatro ficaram queimados. Os detentos rebelados colocaram fogo no diretor do presídio, Adelson Taroko, que teve cerca de 70% do corpo queimado. O delegado está internado em estado grave no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Segundo a polícia, os presos estão com duas armas, uma delas do diretor da cadeia, que foi retirada quando ele foi rendido. Os presos feridos estão sendo levados para hospitais da cidade e de Ribeirão Preto.”

Fess Parker Winery

Ok, apenas para fazer um teste como programa PICASA, distribuído gratuitamente pelo Google.

Esta foto é de nossa passagem pela Vinícola Fess Parker, o ator que interpretava Daniel Boone. Acho que todo mundo se lembra do seriado, ou será que nós estamos velhinhos??

Estado da California, USA, próximo a Los Olivos. Aliás, Los Olivos aparece bastante no filme "Sideways, entre umas e outras"... Dá para imaginar quantas garrafas vieram nas malas após tantas vinícolas visitadas?

Novo Visto Americano...

Há meses, Ana e eu providenciamos novos passaportes, já que os nossos encontravam-se vencidos. O último uso se deu em dezembro de 2005, quando visitamos a Califórni, retornando ao Brasil nos primeiros dias do novo ano. Para conseguir um novo visto, é preciso ingressar no site oficial http://www.visto-eua.com.br/ e agendar a famosa entrevista pessoal no Consulado Americano em São Paulo. Todas as informações necessárias ao agendamento encontram-se no site, incluindo aí as taxas e modos de recolhimento.

Nossa entrevista ficou marcada para 05 de maio de 2006 – 14h00min. Saímos de Jaboticabal bem cedo e embarcamos no vôo TAM das 09h55min partindo de Ribeirão Preto. Antes das 11h00min estávamos no Consulado, que dista vinte minutos do aeroporto Congonhas, com táxi, e a depender do movimento.

Alguns tostões podem ser economizados se você sair do aeroporto e usar a passarela que leva ao outro lado da avenida, apanhando o táxi no sentido centro-bairro. Isto se dá porque os veículos que deixam o terminal precisam dar uma volta no sentido oposto para então retomar o caminho em direção ao Consulado. A economia não passa de R$ 4,00 – quando muito.

Prepare-se, sob todos os aspectos. Embora tenhamos nos aboletado na fila antes das 11h00min, há toda uma espécie de pessoas que esperam lucrar algo com o sofrimento alheio, embora sejam esses seres, também, sofredores. Há “vendedores de vagas”, há “facilitadores”, “fotógrafos profissionais”... Fique atento e não se deixe levar por esse universo paralelo, fique na sua...

A taxa de US$ 100,00 (que são pagos em moeda brasileira, após conversão) pode ser quitada dentro do Consulado, e a orientação geral é de que o pagamento seja feito em dinheiro, embora seja complicado carregar essa quantia no bolso.

Pois bem, uma vez dentro do espaço físico do Consulado, há filas para enfrentar. Após quitada a taxa bancária, é autorizado o ingresso ao interior do Consulado, em entrada controlada por segurança terceirizada, com detector de metais e possibilidade de deixar ali o telefone celular e outros aparelhos eletrônicos que são proibidos.

A seguir, em um grande pavilhão, com toda documentação em mãos, nova fila. Funcionários checam tudo e verificam as fotos. Dancei!! Minha foto com óculos não foi aceita e tive que correr para tirar outra. Após, e com a Aninha na fila guardando o lugar, esperamos nossa vez para a pré-entrevista, num guichê. Apenas os formulários foram retidos e checados, bem como os passaportes. A única pergunta foi dirigida a mim, questionando qual minha função junto ao meu empregador atual.

Sem maiores problemas, fomos para um segundo guichê, onde são colhidas as impressões digitais, em aparato eletrônico e sem sujeira. Pode soar estranho, mas ainda me lembro das almofadas para carimbo e dedos sujos. Por fim, em um último guichê, nada mais foi perguntado senão o nosso nome e o visto que desejávamos. Logo a seguir, a atendente confirmou que o visto havia sido concedido e que poderíamos seguir para o guichê do SEDEX, onde preenchemos os envelopes para o Consulado enviar, após 10 dias úteis, os passaportes para nosso endereço jaboticabalense. O serviço de SEDEX também é cobrado a parte e deve ser pago em dinheiro.

Estava encerrada a epopéia. Chegamos por volta de 11h00min e saímos por volta de 15h00min. Passamos algum tempo no Shopping Morumbi, que fica próximo, e dali retornamos ao aeroporto, já com trânsito pesado e lento. Às 21h30min, já tínhamos pousado no Aeroporto Leite Lopes de Ribeirão Preto, e seguido para a Cucina de Tullio Santini, onde jantamos e apreciamos um bom vinho, para o encerramento dessa aventura.

Conclusões importantes sobre o visto:

1) Fotografia 5 x 5, sem óculos. Não insista. Se precisar de outra foto, não saia do Consulado, pois ali dentro mesmo, próximo a lanchonete, há quem faça esse trabalho.
2) Chegue duas horas antes do agendamento e aguarde na fila.
3) Não permita que “vendedores” de vagas marquem lugar na sua frente, isto é comprar briga com os outros pacientes espectadores.
4) Leve, preferencialmente, dinheiro para pagar a taxa do Citibank (US$ 100 conversíveis no dia do pagamento). Informe-se sobre a possibilidade de levar tal taxa já quitada.
5) Os formulários devem estar preenchidos antecipadamente e podem ser obtidos pela Internet.
6) Use e abuse do site http://www.visto-eua.com.br/
7) O táxi entre o aeroporto Congonhas e o Consulado custará (a esta altura) entre R$ 20 e R$ 25.

WRTC 2006

No segundo final de semana de julho, estarei representando o Brasil numa competição que envolverá dezenas de radioamadores de quase quarenta países dos cinco continentes. Detalhes em inglês dessa aventura podem ser encontrados em www.wrtc2006.com - e esta é a segunda vez que tenho essa possibilidade. Em 2000, juntamente com PP5JR, representamos o nosso país no WRTC 2000, realizado na Eslovênia, pequeno país europeu originado da divisão da antiga Yugoslavia. A diferença básica entre 2000 e 2006 é que, neste ano, os interessados em competir precisavam vencer uma eliminatória, com a apresentação dos principais "scores" obtidos nos últimos três anos. Dentro da América do Sul, foram mais de trinta inscrições para apenas duas vagas, e jamais imaginei que pudesse vencer os argentinos. Escolhi como "team mate" o mano Eric (PY2EMC), que é um bamba do CW e um estrategista nato. É claro que temos colegas brasileiros em melhor condição, mas estão comprometidos com a organização do evento... E é apenas desta maneira que eu justifico minha condição de escolhido. Recentemente, os organizadores solicitaram uma fotografia de minha estação, e aí estou eu... O cachorro todo mundo conhece, é o Pretinho, ZZ-2-AUAU, que já tem seus doze anos de idade. É claro que a bagunça toda foi jogada para um canto fora do campo de visão da máquina fotográfica, assim não passo muita vergonha.

Massageando seus pés...

Antes que eu jogue as coisas no lixo, vai aqui um mapinha dos pontos de referência de nossos pés. Pode usar para a massagem diária, e o relax. Ajuda muito a enfrentar os problemas diários. Relax novamente... Se puder, peça para alguém massagear, enquanto você desfruta de uma taça de vinho!!

LABRE - Liga de Radioamadores

Eis aqui algumas mensagens recentemente trocadas em listas de discussão de radioamadorismo, sobre a importância de nossa Liga ou de qualquer grêmio associativo correlato que viesse substituí-la. Todos os textos são felizes e minha colocação é a que primeiro aparece, aqui na parte de cima.


Apenas quando mudarmos nosso conceito
sobre o que é uma associação desse
tipo é que as coisas melhorarão. Não
devemos pensar na LABRE como algo
que fará algo por nós, mas sim como
entidade catalisadora de nossos esforços
para ser uma grande entidade... Já
disse isso tantas outras vezes que já
nem ligo mais... A partir do momento
que todos procurarmos a LABRE para
tê-la como ela deve ser, então as coisas
mudarão... Mas o brasileiro, de uma forma
geral, olha APENAS para o próprio umbigo,
então, sabe o que vai acontecer? A LABRE
vai pro vinagre, e depois irão também as
entidades que substituirem as LABREs e
dentro de uns dez anos, aquelas que
substituíram as substitutas da LABRE,
irão pro vinagre também, e sempre porque
2 ou 3% estarão batalhando e os outros
98% estarão sentando a ripa nessa
batalha... As coisas só mudam quando
nós mudarmos, e isso eu sei que não
vai acontecer no Brasil, porque pensar
nos outros aqui, é questão de morte
e não de vida...
Meus dois minutos de pensamento...
PY2NY Vitor

----- Original Message -----
Teoria da Conspiração

Grande Júlio.....como estão as coisas?????
Bom....eu acho que a LABRE(digo todas) não se atualizaram para os dias atuais
com internet, celular, etc.
Realmente e de fato a grande culpa é nossa mesmo, que não exigimos na época
certa uma mudança de ação e atitudes da LABRE.
Mas o que fazer???simplesmente deixar como está e ver como vai ficar daqui a 5
ou 10 anos?
Tentar ou não tentar mudar algo de forma efetiva e eficaz?
Acho que nós precisamos ter uma entidade representativa, sim. Mas com certeza
esta entidade não pode ter os vicios e os desvairios das LABRE´s atuais,
tampouco a atual estrutura.
Na minha modesta ( e quem sabe desnecessária) opinião, precisamos de um efeito
Fênix, como uma última tentativa de termos uma entidade séria e coerente com a
atualidade.
De mais a mais, grande 73 e uma boa semana a todos.
Otavio Mello
ZZ9AMO




Em 08/05/06, PU1KGG escreveu:
Boas noites a todos.
Lamentavelmente não há muito mais o que se dizer, pois as colocações
anteriores foram altamente felizes.
Sou, ou estou radioamador, há bem pouco tempo. Apenas dez anos, embora
esteja na faixa do cidadão a uns 25. E, desde o inicio de RA, como labreano.
Efetivamente, em tempo algum, presenciei qualquer ação concreta da "minha"
labre, que fosse diferente de atividades clubisticas. Nem quando tentei usar um
benefício que era colocado aos filiados para facilidades junto a uma determinada
fabricante de antenas. Me foi dito que não seria possível o financiamento, pois
ninguem de lá me conhecia, logo...Bom, resolvi a história de outra forma. Mas
continuei labreano. Hoje, sou obrigado a endossar, o dito pelos companheiros,
qua nada mais é que a pura realidade.
Como sou adepto do radioamadorismo de competição e DX de longa distância,
tenho que me valer do bureau. Mas para tanto, tive que filiar-me, também, à
labre do Distrito Federal, pois a do Rio não andava muito bem das pernas também
nessa área.
Bom, só nos resta, visando buscar alguma alternativa de salvação, divulgar o
mais possível, o texto enviado. O que já estarei fazendo aos amigos.Talvez
assim, quem sabe, se inicie um movimento de recuperação, que acredito seja
viavel. Mas para tanto é necessário o engajamento do maior número possível de
companheiros. Ft 73.

Pedro - PU1KGG


----- Original Message -----
From: Otavio Mello - ZZ9AMO

Colegas....permitam-me.....

Qual a real necessidade da LABRE? Representar o que? Representar a quem?
Qual o objetivo real da LABRE? Porque ter tantas LABRE´s, quando a grande
maioria não tem pernas nem para ficar de pé, que dirá caminhar?
A minha dúvida é:será que não está na hora de que as LABRE´s sejam extintas
e depois recriarmos uma nova entidade que nos represente, com concetios e
propósitos atuais e reais?
Eu fiz parte da diretoria da LABRE/MS.
Certa vez, convidando um amigo que fazia 10 anos não pisava dentro da
entidade, ele me perguntou:
- Fazer o que na LABRE?
Eu respondi:
- Vamos bater papo, rever o pessoal, dar sua opinião sobre as coisas, etc e
tal.
Sabem o que ele respondeu:
- Isso tudo eu faço pessoalmente, visitando os colegas e falando nas
rodadas. Não preciso ir na LABRE para isso. A unica coisa útil na LABRE pode ser
o bureau de QSL, fora isso nada mais.

Então fica a questão:

Qual a real necessidade de ´todos os radioamadores do Brasil de termos a
existência das LABRE´s?
Será que é necessário ter uma em cada estado que no final das contas, na
somatória, acaba não dando em nada?
Quantas LABRE´s estão bem de estrutura? Quase nenhuma e a maioria fica
mendingando para os sócios que paguem suas mensalidades em dia, já que nem a
contribuição da IARU é paga regularmente.
A maioria delas é utilizada apenas como bureau de QSL e nada mais.
Será que não está na hora de criarmos uma entidade que reuna tudo e todos?

Se falei besteira, desculpem o OFF-TOPIC.....se gostou da mensagem, junte-se
a mim na luta por uma entidade que nos represente com dignidade.


Saudações (quase) labreanas e bem radioamadoristicas a todos.


Otavio Mello
ZZ9AMO


Em 07/05/06, Ronnan Werneck escreveu:
Prezado Luiz,


Permita-me dar nova redação para sua frase abaixo:

Ou nós ( radioamadores ) acordamos ou sumimos de vez!

73's

Ron
PP2RON



----- Original Message -----
From: "Luiz Amaral"
To: < cwgo@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, May 07, 2006 12:51 PM
Subject: Re: [CWGO] REcomendo a leitura - Editorial: Teoria da Conspiração



Muito bom! Ou a LABRE acorda ou a gente some de vez!

Luiz - PY1LL

-------Original Message-------

From: Julio Maronhas
Date: 05/07/06 12:21:23
To: cwgo@yahoogrupos.com.br
Subject: [CWGO] REcomendo a leitura - Editorial: Teoria da Conspiração

Navegando pela net, encontrei o artigo de autoria de Cianus Colossi -
PY3DU , abaixo reproduzido, no site do nosso amigo PY2BRZ
(Gerson parabéns pelo site e pelo trabalho desenvolvido).




Editorial: Teoria da Conspiração

Ao meu pobre ponto de vista, hipermetrópico por sinal; vejo
paranóicamente já de longa data uma grande TEORIA DA CONSPIRAÇÃO.
Com a imputação da instrução 02/82 e com a sistemática perseguição
ao serviço de radioamador.

Como já disse e repito, infelizmente hoje refletimos a nossa própria
imagem burilada desde o período militar, e mais uma vez infelizmente
a " culpa" recai sobre a LABRE.

A minha LABRE, a qual pertenço mesmo antes de ser radioamador, da
qual já fui diretor de radioamadorismo e já " auxiliei" em vários
momentos.

Infelizmente eu mesmo, movido pela inércia desta gigante anã branca,
demorei a parar e acordar.

Durante muitos anos e dentro dos regimes autoritários, a LABRE nada
mais era do que um CLUBE onde se faziam almoços, rodadas, bailes,
quermesses, concursos, contestes, rodadas e um outro sem fim de
atividades clubistas. Pior que isto, o titulo legal de reservas das
forças armadas faziam de uma grande parcela de radioamadores
inocentes ARAPONGAS, dedos-duros em riste delatando aos comunistas
ou qualquer outro tipo de " subversão".

A própria LEI nos bitolava em não poder comentar política, religião,
futebol ou quaisquer outros assuntos polêmicos. Ficávamos pregados
as cruzes de um radiomadorismo singelamente BATEDOR DE PAPO FURADO,
em rodadas infindáveis de como eu chego, como você me escuta.

Isto porque, havia e ainda há o facilitario, que inflou o
radiomadorismo brasileiro impulsionado pela sanha financeira de se
fabricar ou vender equipamentos de radioamador. Porém sem uma
política que viesse a fomentar e incentivar a técnica construtiva e
projetista do verdadeiro radioamadorismo e o pouco incentivo que se
tinha vinha de algumas publicações americanas, traduzidas aos
parâmetros tupiniquins por alguns poucos aventureiros e publicadas
na acredito que única revista técnica radioamadorística que o Brasil
já teve. No entanto, ainda dentro da política de comércio
consumista, pouco se achava de componentes no varejo eletrônico. O
radioamadorismo brasileiro se sustentava então em sucatas de TV e
outras cacos mais, para permear os áureos tempos do AM e do CW.
Infelizmente se gerou a semente sem esperar germinar, ou se ter o
cuidado de fazer florescer.

E mais uma vez no modo geral, voltávamos ao clubismo. Porém, e
sempre há um porém, a época era bem outra.

Num pais garroteado pelas economias estrangeiras e de certa forma "
assimilada" pelo modernismo do regime militar, o nosso proposital
atraso tecnológico gerado pela proibição da exploração por qualquer
um, fazia das telecomunicações verdadeiras redes de telefones de
barbante, daqueles de copinhos de yogourte que fazíamos quando
garotos. E os barbantes só chegavam aos amigos do rei, fazendo do
Brasil um largo território mudo.

O RADIOAMADORISMO era então a salvação, assim como a faixa do
cidadão liberada no ano de 1970. Verdadeiras maravilhas da
eletrônica, que faziam do radioamador um prestador de serviços. E
tínhamos orgulho disto, pois salvávamos vidas, pedíamos remédios,
encontrávamos parentes, fazendo da RBR uma teia de comunicação
fraternal e útil.

Sim, útil até o momento em que o progresso inevitável, com mais de
20 anos de atrasos chegou ao Brasil. Já na década de 80 empresas
estrangeiras como de costume, vinham se aninhando sob as asas desta
imensa galinha, sob o pretexto de levar o país a modernidade.
Inegável é claro, hoje temos uma excelente rede de telefonia fixa e
móvel, com os mais variados sistemas digitais. Porém daí para diante
o radioamador, passou a ser um CALO, nos pés destas empresas que aos
poucos se instalaram no Brasil, com corpo tupiniquim mas alma
americana ou européia.

Sabedoras que eram e são das dificuldades financeiras eternas do
povo brasileiro, tinham a quase certeza de que os radioamadores
seriam "CONCORRENTES" diretos nesta corrida. O que houve então? As
leis começaram a ser modeladas para que isto não viesse ocorrer. As
empresas que ainda teimavam em fabricar equipamentos de radioamador,
de uma forma ou outra acabaram ou quebrando ou encerrando a produção
destes TELEFONES SOCIAIS!

E isto reflete o quadro de dor que temos hoje, indicando que algo
não está bem! E o que ocorre? NADA!

Excetuando-se algumas ações isoladas, estes mais de 30 anos de
peregrinação no deserto em busca do espectro prometido causaram
mazelas quase irrecuperáveis.

Por outro lado, basta ver cotidianamente os outros setores da
sociedade. Cada vez mais armados juridicamente para enfrentar a
guerra capital que se apõe diariamente em cada ação governamental,
que busca cumprir a cobrança dos favores devidos em épocas de
campanhas. E a nossa CLASSE, o que faz?

Muito pouco, pois como já disse são ações isoladas e de pouco
resultado profilático, pois nos falta respaldo e principalmente ante
toda a sórdida ejaculação de ações por parte da anatel, falta uma
resposta JURIDICA!

Hoje, e daqui para frente se a LABRE não acordar destes trinta anos
de ostracismo, não se remodelar, não se atualizar de forma drástica
extirpando de seus estatutos constituições medievais e arcaicas e
não se insurgir de forma legal contra o que esta ocorrendo,
fatalmente o RADIOAMADORISMO brasileiro caminhará em direção ao
abismo.

A LABRE de CLUBE, tem e deve ter de passar a ser uma entidade
representativa e de alguma forma criar um departamento JURIDICO
capaz de oferecer ganhos de causa em casos onde a ANATEL sem ter o
mínimo respaldo legal solicita ao detentor de outorga a nota fiscal
dos equipamentos. É o mesmo que ao sermos parados nas auto-estradas
o guarda rodoviário solicitar a nota fiscal do veiculo, ou de
qualquer coisa que estiver dentro dele. Isto só pode ser feito por
agentes fazendários!

O que ocorre no entanto é que cada um de nós, que sofra de um destes
abusos de autoridade por parte da ANATEL, não tem para onde correr.
Pois a LABRE só sabe trafegar QSL e mais nada, infelizmente é
incapaz de atrair novos labreanos exatamente pela falta de prestação
de serviços. A LABRE não pode mais tratar a ANATEL como parceira,
pois a ANATEL é um órgão que pouco esta se interessando pelo passado
do radioamador brasileiro, altivo e varonil. A ANATEL só quer
retorno financeiro e mais nada, posto que o atual modelo de gestão é
o modelo capital, empresarial. A ANATEL não é mais o nosso antigo
DENTEL, composto e gerido por técnicos em telecomunicações. A ANATEL
hoje, é mais um 0800, com atendentes robotizados que sequer sabem o
que é um pedaço de fio ou um eletroimã.

O que nos falta hoje, é uma LABRE FORTE e BRAVA, capaz de ir a
Brasília enfrentar os deuses MiniConianos ou os ASPONES ANATELESCOS.

O radioamador brasileiro neste momento pre-falimentar, precisa
urgente de uma forte assessoria jurídica, para poder lutar
legalmente por aquilo que é nosso, pois caso contrário, contemos os
dias para passarmos todos a operar na clandestinidade, pois como
disse Guevara:

- Podem impedir os colibris de beijarem as flores, mas jamais
impedirão que a primavera aconteça! Isto é o que eu penso.....

Cianus Colossi - PY3DU
Guaiba - RS

Freud