Ao mesmo tempo em que promete agir na defesa das prerrogativas dos juízes, o novo corregedor do Conselho Nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, afirma que vai exigir rigor ético dos membros do Judiciário. Dipp assumiu o cargo nessa segunda-feira (8/9).
"O mais eficiente controle externo do Judiciário é a sociedade usuária de seus serviços", disse. Dipp também afirmou que vai dar continuidade ao trabalho exercido pelo ex-corregedor do CNJ, ministro Cesar Asfor Rocha, que assumiu a presidência do Superior Tribunal de Justiça. Para Dipp, o CNJ deve continuar voltado para o diagnóstico das necessidades do Judiciário e para sua modernização.
O ministro elogiou o Sistema Justiça Aberta gerenciado pela Corregedoria. "A eficiência do Judiciário não passa pelo número de magistrados, mas sim pela boa gestão dos tribunais."
Para o corregedor, quanto menos o CNJ for acionado, melhor o trabalho a ser feito. "Não é trabalho do CNJ perseguir pequenas injustiças nem questões corporativas, mas os desvios de conduta.". Segundo Dipp, a reforma do Judiciário "começa nas comarcas mais distantes".
Na cerimônia de posse, o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, defendeu a atuação do CNJ como órgão forte de planejamento e organização do Judiciário. Ele também ressaltou ações do CNJ como a resolução antinepotismo e o levantamento de informações consolidado nos estudos Justiça em Números e Justiça Aberta. Para Mendes, os instrumentos vão permitir a avaliação sobre os motivos da demora processual. Ao ressaltar que o conselho não tem a intenção de tirar a autonomia dos juízes, Mendes afirmou que o CNJ é "um órgão de proteção da magistratura". (Revista Consultor Jurídico)
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