CSI Miami e corrupção

C S I Miami (Canal AXN, quartas-feiras, 21h00min)

Hoje o seriado americano "CSI Miami" terminou de maneira interessante, com a prisão de um policial do FBI que mentiu e se omitiu na morte de uma informante que era, ao mesmo tempo, sua amante.

Esse seriado cativa, pois mostra os casos diários do Laboratório Criminal de Miami. Os agentes ali podem participar de ações policiais, embora trabalhem, no mais das vezes, apenas no pós-crime.

A parte final do episódio de hoje mostrou que as pessoas podem, a seu devido tempo, reparar ou concluir algo que tenham deixado inacabado no passado. Uma das peritas declarou que sabia do envolvimento do policial mencionado com uma das informantes, três anos atrás, e que mantivera silêncio para evitar problemas para a investigação que se dava à época.

Indagada pelo chefe do Laboratório CSI, agora que o caso estava resolvido e que o "todo poderoso" oficial do FBI iria pagar por seus erros, admitiu que se sentia melhor. Seu superior reiterou que sempre é tempo.

E sempre haverá tempo para, cada qual a seu modo e momento, combatermos a corrupção que campeia no país e em suas instituições. Não é tarefa fácil e demanda mais coragem do que podemos ter, mas é algo essencial para a construção de uma nação melhor.

Corrupção

Corrupção, no dizer de Pasquino (in Dicionário de Política / Norberto Bobbio, Nicola Matteuci e Gianfranco Pasquino, 5. Ed. – Brasília: Editora Universidade de Brasília : São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2000) é:

Transação ou troca entre quem corrompe e quem se deixa corromper. Trata-se normalmente de uma promessa de recompensa em troca de um comportamento que favoreça os interesses do corruptor.

É uma forma particular de exercer influência: influência ilícita, ilegal e ilegítima. Amolda-se ao funcionamento de um sistema, em particular ao modo como se tomam as decisões.

Aconselho a leitura de todo o verbete nessa magnífica obra. Adquiri através do IMESP há alguns anos, logo após a morte do magistral Norberto Bobbio.

Espero ter chance de contribuir algum dia, nesse campo em particular, como já contribui com trabalho e dedicação, reconhecidos pela comunidade, mas rejeitados pelo meu ex-superior. Difícil será encontrar expressão tão distinta quanto a encontrada por Pasquino.